Câncer sob controle: governo aposta em redução de até 60% nos preços de medicamentos

 Rovena Rosa/Agência Brasil/Divulgação

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (22), o financiamento de 100% dos medicamentos para tratamento de câncer no SUS, o Sistema Único de Saúde. Com a centralização e o custeio total dos medicamentos pela União, a expectativa é reduzir os preços de compra em até 60%, como explicou o ministro da saúde Alexandre Padilha:

“Nossa expectativa é que a gente possa ter até 60% de redução nessas compras centralizadas, e fortalece mecanismos muito importantes para que a gente possa produzir esses medicamentos cada vez mais aqui no Brasil. Porque, quando você centraliza a compra, você passa a ter uma escala que você cobra do produtor que ele transfira essa tecnologia para um laboratório público nosso, venha a transferir para cá, venha trazer essa informação. É esse produto gerando emprego, renda, tecnologia e segurança para os pacientes aqui no nosso país.”

Auxílio exclusivo para radioterapia

O anúncio faz parte de uma série de medidas do governo contra o câncer, que inclui também a criação de um auxílio exclusivo para os tratamentos de radioterapia. Agora, paciente e acompanhante terão direito a R$ 150 para refeições e hospedagem e R$ 150 por trajeto. O ministério investirá ainda R$ 156 milhões para incluir até 60 novos pacientes por mês em cada acelerador linear, equipamento usado nas sessões de radioterapia. Foi anunciada também uma mudança na forma de financiamento dos serviços desse tratamento: o repasse de recursos passa a ser progressivo, ou seja, quanto mais pacientes forem atendidos, mais verba as unidades vão receber.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o objetivo da pasta é criar a maior rede pública de cuidados para pacientes com câncer do mundo:

“Eu estou absolutamente convencido que nós vamos criar, como a gente já criou o maior programa público de transplante do mundo, como a gente já criou um dos maiores programas públicos de enfrentamento a HIV e AIDS do mundo, um dos maiores programas públicos de atenção primária em saúde, o maior programa público de atenção primária especializada na saúde bucal do mundo, nós vamos consolidar a maior rede pública de cuidado, de prevenção e diagnóstico e tratamento ao câncer.”

Segundo o ministério, haverá ainda uma parceria com o setor privado: clínicas e hospitais particulares que se credenciarem para atender o SUS deverão usar, no mínimo, 30% da sua capacidade instalada para pacientes da rede pública por pelo menos três anos.

*Com colaboração de Renato Ribeiro/Agência Brasil


 

José Carlos Goes

Sou locutor. Atuei em várias emissoras de rádio em Blumenau por quatro décadas. Atualmente trabalho na Massa FM de Blumenau e mantenho esse blog. Sou jornalista. Trabalhei em vários jornais impressos. Sou blogueiro.

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