Depois do luto, Blumenau monta força-tarefa contra massacres em escolas e creches

 

Foto: Redes Sociais

Bernardo Cunha Machado: 5 anos, Bernardo Pabst da Cunha: 4 anos, Larissa Maia Toldo: 7 anos e Enzo Marchesin Barbosa: 4 anos. Eles são os mártires da falta de segurança nas creches de Blumenau. As mortes deles, à machadinha, com golpes desferidos por um maníaco de 25 anos no último dia 5 de Março de 2023, despertou comoção em todo o mundo. E Blumenau, uma cidade acostumada a enfrentar tragédias climáticas, agora se prepara para enfrentar também esse desafio.

Precisou que essas crianças fossem mortas para se montar na cidade uma força-tarefa que começa nesta segunda-feira, 17/04 depois de um período de férias emergenciais (por causa da chacina) no município. 

Entre as principais ações está a presença de um segurança em cada uma das 128 instituições de ensino municipais. 

Neste primeiro momento, serão 50 seguranças armados com armas de fogo e 100 seguranças sem armas de fogo. A partir de segunda-feira, dia 24, todos os seguranças estarão armados com armas de fogo. Ao todo serão 150 postos de vigilância.

Equipes técnicas também visitaram todas as instituições de ensino para verificar possíveis vulnerabilidades na estrutura física das unidades. As manutenções e obras de melhoria nas instituições já estão ocorrendo e devem seguir nas próximas semanas. É importante destacar que a Secretaria de Educação já vinha realizando investimentos e implementando as medidas de segurança como muros e cercas nas escolas e CEIs mesmo antes do atentado ao CEI Cantinho Bom Pastor.

Antes de tudo isso, um alerta foi dado em no dia 15 de Maio de 2021 pelo colunista Airton Floriani do Jornal A Voz da Razão, referindo-se ao atentado ocorrido no município de Saudades em Santa Catarina.

Dizia ele: "Entrego esse jornal para várias creches particulares e da prefeitura de Blumenau. Vejo que não há um vigia ou um guarda que cuide dessas entidades. Só observo a existência de mulheres e crianças nesses locais. Chamo a atenção para o perigo. Não queremos um ataque como ocorreu em Saudades (SC). A mesma situação se estende para as escolas" 




José Carlos Goes

Sou locutor tendo atuado em várias emissoras de rádio em Blumenau por quatro décadas. Sou jornalista e trabalhei em vários jornais impressos. Sou blogueiro.

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