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Foto/Arquivo/Agência Brasil/Divulgação |
O Brasil se declarou livre da gripe aviária nesta quarta-feira (18). O Ministério da Agricultura e Pecuária informou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal o fim do vazio sanitário.
O Brasil completou os 28 dias da quarentena, após o caso de gripe aviária numa granja em Montenegro, no Rio Grande do Sul. O prazo começou a contar a partir da desinfecção do local, no dia 22 de maio.
Além disso, o ministério também está notificando diretamente os países que restringiram os produtos brasileiros.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, explica que as exportações devem ser retomadas de forma gradual:
“Agora o Brasil, em alguns desses países, vai ter que negociar com eles, para que façam a abertura ou esperar que eles, voluntariamente, mandem uma correspondência ao Brasil, uma comunicação, dizendo que estão abertos para a normalidade da exportação, como sempre aconteceu”.
A retomada das exportações não deve afetar os preços aqui no Brasil, diz Santin.
“As exportações, especialmente no caso de ovos, eram negligenciadas, quando olhado o volume produzido: menos de 1% é exportado. Então, tanto a suspensão, quanto a exportação não tem grande influência. No caso das carnes, o percentual é maior, mas também o Brasil produz para exportar. Ele atende o mercado interno, com 64% do que se produz ficando no Brasil, e 36% indo para o exterior”.
O caso de Montenegro, em maio, foi o único confirmado em granjas comerciais, apesar de outros alertas durante o período. Ao menos vinte países restringiram a compra de frango brasileiro após a detecção da doença.
Edição:
Ana Lúcia Caldas / Fran de Paula/Agência Brasil