Dalva Paterno: o trágico fim de uma luta silenciosa contra a violência doméstica

Foto/Reprodução/Divulgação

A operadora de máquina da empresa Círculo, Dalva Paterno da Silva, de 56 anos tinha acabado de receber do Judiciário a Medida Protetiva de Urgência por violência doméstica. Tarde demais. Antes de quaisquer providências policiais e de proteção ela acabou assassinada na tarde desta segunda-feira (05/08) em Gaspar SC. 

O crime ocorreu no bairro Figueira. A Polícia Militar, a Polícia Civil e a Polícia Científica seguem com as buscas para localizar o suspeito. Equipes de Blumenau e Brusque também auxiliam nas diligências.

Vizinhos relataram que viram o homem saindo da casa da vítima logo após o crime e fugindo em direção a uma área de mata.

A filha da vítima, Tatiana Paterno da Silva, relatou ao repórter Paulo Flores como era a relação conturbada entre os dois.

“Ele vivia ameaçando ela. Ele dizia que ia matar, mas a gente nunca acreditou”, contou Tatiana. A mulher estava voltando do trabalho quando chegou em casa e se deparou com a mãe já sem vida.

Segundo Tatiana, o relacionamento era marcado por agressões desde o casamento, há 38 anos, no qual o casal teve três filhos. A separação havia ocorrido recentemente, mas o ex-companheiro não aceitava o fim do relacionamento.

Tatiana revelou que, mesmo quando os filhos ainda eram pequenos, ele agredia a mãe, principalmente quando estava alcoolizado. Em muitas ocasiões, eram os próprios filhos que precisavam intervir para separar as brigas. O suspeito já havia ficado preso por três meses, acusado de ameaças.

“Minha mãe era uma pessoa muito querida, ajudava todo mundo que podia. Me ajudava com as crianças, era trabalhadora, tinha dois, às vezes três empregos”, finalizou Tatiana, emocionada.