Força Delas: Uma nova esperança para mulheres em situação de violência em Blumenau

Foto/Rogério Pires/Divulgação

A Câmara de Vereadores de Blumenau aprovou em segunda votação, na sessão desta quinta-feira (25), o Projeto de Lei nº 9244/2025, de autoria da vereadora Cristiane Loureiro (Podemos). A proposta cria o Programa Municipal de Defesa Pessoal – Força Delas, que tem como objetivo oferecer gratuitamente oficinas de técnicas de autodefesa, prevenção de agressões, apoio psicossocial e orientação jurídica às mulheres atendidas pela rede municipal de enfrentamento à violência doméstica e familiar.

O programa dará prioridade às mulheres sob medida protetiva da Lei Maria da Penha, às que se encontram em risco iminente identificado por órgãos de segurança ou pelos serviços municipais, além das atendidas pelos CRAS e CREAS. A execução ficará a cargo do Executivo, que poderá utilizar espaços públicos já existentes e firmar parcerias com instrutores voluntários e instituições da sociedade civil. A intenção é ampliar as possibilidades de atendimento sem aumento de custos para o município.

Durante a discussão em plenário, a vereadora Cristiane destacou que a proposta nasceu da experiência da Procuradoria da Mulher da Câmara, que ela coordena, e de projetos já em funcionamento na cidade, como o “Jiu-Jitsu com Propósito”. “Esse trabalho da defesa pessoal começou a se propagar depois que mostramos aulas promovidas pela Procuradoria nas redes sociais, e o interesse cresceu rapidamente. O Força Delas vai transformar essa ação em política pública permanente, garantindo segurança, autonomia e dignidade a diversas mulheres que enfrentam situações de violência. Esperamos agora que o prefeito sancione a lei para que possamos colher os frutos dessa iniciativa”, afirmou.

Parlamentares como Bruno Cunha (Cidadania), Jean Volpato (PT) e Silmara Miguel (PSD) também parabenizaram a autora e destacaram a importância de consolidar políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher, elogiando o trabalho desenvolvido pela Procuradoria da Mulher da Câmara. O texto foi aprovado com uma emenda supressiva incorporada e ainda precisa ser votado em redação final na Casa, para então seguir para sanção do Executivo.