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Foto/Marcelo Martins/Divulgação |
Blumenau deu início a nova e inovadora estratégia no combate à dengue, zika e chikungunya: o Método Wolbachia. Desde o dia 27 de agosto, data da primeira soltura dos Wolbitos, que são os mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, já foram realizadas 17 rotas e cinco ciclos com 4.415 pontos de soltura, totalizando a liberação de 3.205 potes com cerca de 150 Wolbitos em cada.
Para as próximas 24 semanas, as solturas ocorrerão às terças-feiras, nos bairros Água Verde, Velha Central, Velha e Itoupavazinha; e seguem nas quartas em outra região da Velha, Vila Nova, Itoupava Seca, Itoupava Norte e Fortaleza; e às quintas, terminando o bairro Fortaleza e seguindo para o Tribess, Itoupavazinha, Garcia e Progresso.
A coordenadora do Programa de Combate e Prevenção à Dengue, Eleandra Casani, faça do avanço da estratégia. “Os ciclos de soltura dos Wolbitos são momentos importantes para a nossa cidade. Iniciamos as solturas em agosto e seguiremos por 11 bairros da cidade nas próximas semanas. Essa iniciativa é crucial para combater a dengue em Blumenau e proteger a nossa população.”
A ação é uma parceria entre a Prefeitura de Blumenau, a Wolbito do Brasil e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Método Wolbachia
A técnica consiste na liberação de mosquitos que carregam a bactéria Wolbachia, inofensiva para humanos e animais. Quando esses mosquitos se reproduzem com a população local, eles transferem a bactéria para as futuras gerações e a Wolbachia impede que os vírus se desenvolvam dentro do mosquito, bloqueando a transmissão das doenças.
O método é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em outras cidades e países, como na Austrália, a técnica já demonstrou resultados expressivos, chegando a praticamente zerar o número de casos de dengue.
O secretário de Promoção da Saúde, Douglas Rafael, diz a expectativa é que, em breve, o número de mosquitos inofensivos se torne predominante. “Vale lembrar que a estratégia é complementar às ações já realizadas na cidade, como a eliminação de focos de água parada, uso de fumacê e larvicidas”, conclui.
Os moradores devem seguir eliminando criadouros e podem denunciar possíveis locais de proliferação do mosquito pelo telefone 156 (opção 4) ou (47) 3381-7770.