Polícia civil investiga superfaturamento na prefeitura de Blumenau. Dois servidores são afastados

Divulgação/Polícia Civil

Através da 4ª Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (4DECOR/DEIC), a Polícia Civil desencadeou na manhã desta terça-feira (3/09) a segunda fase da Operação Elysium para combater um esquema de superfaturamento na prestação de serviços para as Secretarias de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Secretaria de Saúde (Semus) – ambas da Prefeitura de Blumenau. 

Na primeira fase da operação, a polícia comprovou que a empresa investigada participava de licitações munida de atestados de capacidade técnica falsos. Dando continuidade às investigações, a Civil constatou que a empresa, após vencer suas licitações, superfaturou as medições referentes aos serviços prestados.

De acordo com as informações passadas à imprensa pela Polícia Civil os serviços prestados pela empresa dizem respeito às atividades de manutenção de arborização urbana, manutenção de canteiros, irrigação de jardins, roçada com roçadeira mecânica e congêneres, realizados nos estabelecimentos indicados no contrato com a Prefeitura de Blumenau.

Em dois contratos investigados, a empresa recebeu do poder público o total de R$ 2.002.049,00, nos anos de 2022 e 2023, diz os dados fornecidos publicamente pela polícia.

Servidores municipais envolvidos

Conforme a polícia, esta segunda fase da investigação focou nos funcionários públicos responsáveis pela fiscalização da empresa, “cuja omissão foi imprescindível para os lucros ilícitos investigados”, declarou a Civil em nota.

Foram cumpridos 7 mandados de busca domiciliar. A pedido da polícia, dois servidores investigados foram afastados do serviço público. Além disso, o engenheiro florestal da empresa investigada teve seu registro profissional suspenso, como forma de evitar novas práticas ilícitas.

A Polícia Civil apreendeu dispositivos informáticos e demais elementos de interesse para investigação. Após demais diligências cabíveis, o inquérito será concluído e apresentado ao Ministério Público.

Participaram da investigação a Coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção (CECOR), além das 1ª, 2ª e 3ª DECOR, a DECOR/DEIC, bem como policiais das Delegacias de Pomerode, 1ª e 2ª DP de Blumenau, e ainda da DIC de Brusque, todas coordenadas pela 4ª DECOR.

Nota da prefeitura:

A Prefeitura de Blumenau esclarece que soube da operação da Polícia Civil por meio da imprensa. Nenhuma informação oficial foi recebida até o momento.

Trata-se de um desdobramento de uma operação anterior, pela qual a Prefeitura já tomou as medidas necessárias. A primeira ação foi suspender os contratos com a empresa investigada. Além disso, já havia sido determinada a instauração de auditoria específica sobre esses contratos objetos da operação.

A Prefeitura confirma que nenhuma secretaria foi alvo da diligência. Havendo servidores públicos envolvidos, será cumprido o que for determinado pela decisão. Por fim, a Prefeitura segue à disposição da Polícia Civil para auxiliar no que for necessário.

José Carlos Goes

Sou locutor. Atuei em várias emissoras de rádio em Blumenau por quatro décadas. Atualmente trabalho na Massa FM de Blumenau e mantenho esse blog. Sou jornalista. Trabalhei em vários jornais impressos. Sou blogueiro.

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