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Foto reprodução/divulgação |
Dois lados de uma situação preocupante. Gigante do setor têxtil que por muitos anos liderou a economia de Blumenau, a empresa Tecelagem Kuehnrich,Teka, anunciou essa semana falência continuada.
Os trabalhadores temem demissão em massa e não cumrimento de direitos trabalhistas. Uma assembleia com trabalhadores da empresa nesta quarta-feira, 5, definiu estratégias.
O encontro foi realizado no início da tarde desta quinta-feira, 6, e contou com trabalhadores de três turnos: primeiro, segundo e geral. Durante a noite, deve acontecer outra assembleia, com trabalhadores do terceiro turno.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial (Sintrafite), Carlos Maske, afirma que existe a possibilidade de greve caso algum direito dos trabalhadores seja desrespeitado durante a falência continuada.
“Explicamos toda a questão da falência com continuidade dos negócios e aprovamos o estado permanente de mobilização com os trabalhadores pela manutenção dos empregos, salários e direitos”, relata.
Pelo lado da empresa uma informação dá conta de que a petição da Leiria & Cascaes Administração Judicial, representante da Teka, que foi apresentada à Justiça, é para que a recuperação judicial, que completará 13 anos de andamento, seja convertida em uma falência continuada.
Portanto, a empresa seguiria em funcionamento e operando, com os empregos mantidos, mas o patrimônio seria liquidado para pagar os credores.
De acordo com a nota oficial, divulgada inclusive nas redes sociais da Teka, o pedido ainda não foi apreciado judicialmente e nem sequer as partes envolvidas foram intimadas para esclarecer este procedimento.
Contudo, o objetivo desse pedido seria para a manutenção dos empregos e da sustentabilidade da empresa. “O pedido consiste justamente na manutenção da empresa em funcionamento, com a racionalização dos pagamentos aos credores e a permanência da Teka no mercado, ante a sua importante função social para as comunidades de Blumenau e Artur Nogueira (SP), mantendo-se os empregos e a geração de produtos e renda”, completa a nota.