Desfile do Dia da Independência em Brasília enfatiza a soberania diante da crise com os EUA

Foto/ Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação

As celebrações do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foram marcadas pelo tema da soberania. O desfile deste 7 de setembro ocorreu em meio à crise entre o Brasil e os Estados Unidos, provocada pelas tarifas comerciais impostas pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros.

A organização do evento distribuiu bonés com a frase “Brasil Soberano” e as fachadas dos ministérios também traziam a mensagem.

O presidente Lula chegou à área do desfile do Dia da Independência, em carro aberto, no Rolls-Royce presidencial, acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva. O evento começou por volta das 9h20.

Lula foi recebido pelo ministro da Defesa, José Múcio, e pelos comandantes da Marinha, Aeronáutica e do Exército.

Seguindo o rito, o comandante Militar do Planalto, general Ricardo Carmona, pediu ao presidente autorização para dar início ao desfile cívico-militar.

A cerimônia contou com três eixos temáticos. Para representar o primeiro, "O Brasil é dos brasileiros", desfilaram nove jovens, cada um vestindo uma camiseta amarela com as letras da palavra 'soberania'.

Em seguida, vieram atletas olímpicos, alunos de colégios militares e estudantes de escolas públicas do Distrito Federal.

Para destacar a COP30, segundo eixo da celebração da Independência, o Curupira, mascote do evento, atravessou a Esplanada dos Ministérios, seguido de brigadistas florestais e viaturas de combate a incêndios.  A Conferência da ONU sobre mudanças climáticas acontece em novembro, em Belém, no Pará.

Grande parte do desfile foi dedicada aos grupamentos militares, que marcharam uniformizados representando as tropas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Policiais e bombeiros militares do Distrito Federal, policiais rodoviários federais e integrantes da Força Nacional de Segurança Pública também participaram.

Com sincronia, orquestras de militares se revezaram ao longo de todo desfile, ocupando uma área reservada em frente à tribuna das autoridades.

Após os militares que desfilaram a pé, vieram as tropas motorizadas, com tanques, caminhões e outros veículos de guerra e viaturas blindadas especiais com armamentos pesados, que chamaram bastante atenção. O desfile terminou com uma rápida exibição da esquadrilha da fumaça.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, não compareceu este ano, porque está em viagem oficial à França. Nenhum outro ministro do STF marcou presença em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Outra ausência foi do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que está no Amapá, seu estado de origem.

Da equipe ministerial, apenas os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, da Fazenda, Fernando Haddad, e do Trabalho, Luiz Marinho, não compareceram, segundo informações da Presidência da República.

Após o encerramento, o presidente Lula fez questão de cumprimentar os músicos da orquestra Neojibá, formada por estudantes da Bahia e se dirigiu também a algumas arquibancadas mais próximas da tribuna presidencial.

José Carlos Goes

Sou locutor. Atuei em várias emissoras de rádio em Blumenau por quatro décadas. Atualmente trabalho na Massa FM de Blumenau e mantenho esse blog. Sou jornalista. Trabalhei em vários jornais impressos. Sou blogueiro.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem