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Foto/Tânia Rêgo/Agência Brasil/Divulgação |
Um politraumatismo com forte impacto de energia cinética após mais de 30 horas de sobrevivência e sucessivas quedas. Essa é a conclusão do laudo produzido no Brasil para a morte de Juliana Marins, que caiu na cratera do vulcão Rinjani, na Indonésia.
Ainda de acordo com o laudo, Juliana morreu entre 10 e 15 minutos após a última queda.
O documento foi apresentado nesta sexta-feira (11) na sede da Defensoria Pública da União, no Rio de Janeiro. Os peritos afirmaram que o laudo confirma o que foi atestado na perícia realizada na Indonésia.
De acordo com a irmã da vítima, Mariana Marins, houve negligência no socorro à Juliana e são necessárias medidas para que não ocorram novos acidentes como esse no local.
“Deveriam ter sido acionados logo no início. Já começa aí a parte de negligência. Depois disso, sem o equipamento correto pra poder chegar no local. Então, são vários pontos que aconteceram e isso tudo que a gente vai ver o que que consegue fazer, nem é só pela Juliana, mas também pra que não aconteça com outras pessoas. Vários outros acidentes já aconteceram no local, só que não tiveram essa repercussão toda”, disse ela.
A defensora pública da Uniao, Taísa Bittencourt, explicou como o fato pode vir a ser apurado no Brasil:
“O fato, pra ser apurado como crime, depende de uma manifestação, uma requisição do ministro da Justiça, o que até momento nós não temos. E depende, efetivamente, da família se manifestar, no sentido de querer ou não provocar o ministro para tanto. Isso é uma questão que ainda vai ser avaliada pela família e ainda não há uma decisão sobre isso”.
Ainda de acordo a defensora, o caso também pode ser levado, eventualmente, à Comissão de Direitos Humanos da ONU.
Edição:
Fabiana Sampaio / Fran de Paula